E hoje em dia, como é que se diz “Eu te amo”?
- Jo Esteves

- 8 de jun.
- 2 min de leitura
A poucos dias do Dia dos Namorados, trago algumas reflexões sobre as relações contemporâneas que aparentemente estão tão fluidas quanto a água entre as mãos. São pensamentos que se aplicam, independentemente de a relação ser casual ou já consolidada.

Vivemos tempos de imediatismo e de vínculos descartáveis. Por isso, torna-se ainda mais importante falar sobre responsabilidade afetiva. Temos o poder de escolha para compreender onde — e com quem — queremos estar. E é justamente essa escolha consciente que nos permite construir o amor, que nasce do encantamento inicial da paixão. Estamos vivendo uma inversão de dinâmicas nas relações. Não nascemos sabendo amar — precisamos aprender. E, nesse processo, é essencial abandonar a ideia de que o outro vem para nos completar. Nada é imune ao tempo e à rotina. O amor é ação, prática e deve ser revisitado todos os dias. Amar dá trabalho — e tudo é construção.
Durante esse período de apaixonamento, vamos cultivando admiração, respeito, confiança e parceria com quem escolhemos compartilhar a vida. Esse momento costuma ser mais “barulhento” no campo fisiológico, por conta de todas as sensações que a paixão provoca. Dizemos, inclusive, que essas sensações costumam durar cerca de dois a dois anos e meio. Com o passar do tempo, os sentimentos vão se transformando e se solidificando. E para que se convertam em amor verdadeiro, a composição inicial da paixão precisa seguir presente. Em outras palavras: a conta precisa fechar todos os dias.
Essa reflexão nasce do desejo de contribuir para a celebração do dia do amor — e de oferecer um pouco de esperança para quem anda desacreditando que pessoas legais e amores verdadeiros ainda existam. Sim, é possível sair do campo da idealização e do romantismo estrutural e encontrar alguém compatível. É possível voltar a sorrir e espalhar mais “eu te amos” por aí.
Um abraço caloroso a todos que celebrarão este dia especial — e àqueles que estão em busca de alguém que aqueça o coração. Lembre-se: as coisas e as pessoas têm grande importância na vida. Faça as pazes com as possibilidades. Em meio ao caos do mundo, o afeto continua sendo a linguagem mais poderosa que podemos oferecer. E quando se trata de amor, saiba: a gente nunca perde por oferecer amor e respeito ao outro.
Aproveitem o amor. Com leveza, presença e verdade.
Com carinho,
Jo Esteves
Joseane Gongora Bristotti Esteves
Psicóloga
CRP 06/177989





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