Síndrome do Ninho Vazio: Como lidar?
- Jo Esteves
- 15 de abr.
- 2 min de leitura
Na semana passada, tive a oportunidade de participar do programa Estúdio Câmara, da @tvcamaracampinas, ao lado da psicóloga @psifernandalira e da jornalista @rubiadeoliveirajornalista, para compartilhar reflexões sobre a síndrome do ninho vazio.
Foi um prazer discutir um tema tão relevante, que impacta muitas famílias, e contribuir com informações que podem ajudar no entendimento e na abordagem dessa fase da vida.
Para assistir a entrevista na íntegra acesse o link abaixo:

A saída dos filhos de casa pode gerar sentimentos de tristeza, solidão e perda nos pais, caracterizando a chamada "síndrome do ninho vazio". É fundamental que os pais encontrem novas atividades e interesses para preencher o tempo que antes era dedicado aos filhos, promovendo o bem-estar e redescobrindo prazeres pessoais. Além disso, manter uma comunicação aberta e saudável com os filhos, mesmo à distância, é crucial para fortalecer os laços familiares e aliviar a sensação de vazio.
A "síndrome do ninho vazio" não se resume à ausência física dos filhos, mas também à transformação das dinâmicas familiares e ao papel que os pais desempenham na vida deles. Os pais, especialmente as mães, podem sentir uma perda de identidade, uma vez que muitos se dedicaram intensamente à criação dos filhos ao longo dos anos. A saída de casa, seja para estudar, trabalhar ou por outros motivos, pode causar a impressão de que uma parte de sua vida e propósito desapareceu.
O processo de adaptação ao "ninho vazio" pode ser um choque psicológico, especialmente para aqueles que dedicaram suas vidas a cuidar da família e que não estão preparados para uma reconfiguração tão abrupta da rotina. É importante realizar uma reavaliação pessoal e fortalecer a identidade individual fora do papel de pai ou mãe, incentivando a descoberta de novos hobbies, interesses e até mesmo novas relações sociais. Este período de reinvenção pode ser uma oportunidade para os pais redescobrirem suas próprias paixões e se reconectarem com aspectos da vida que foram negligenciados enquanto cuidavam dos filhos.
É necessário estar atento aos sinais de que a adaptação não está ocorrendo de forma saudável, como sentimentos intensos de depressão, ansiedade e solidão. Nesses casos, é recomendável que os pais busquem apoio profissional, pois esses sentimentos podem indicar que a transição não está sendo bem gerida. É importante que busquemos práticas emocionais que auxiliem os pais a se adaptarem e até mesmo a tirarem proveito dessa fase, visando o crescimento e o fortalecimento emocional.
Caso os sentimentos de tristeza e solidão persistam, é aconselhável procurar a ajuda de um profissional de saúde mental para lidar com essa fase de transição.
Se você estiver passando por essa experiência, estou à disposição para te acolher e te ajudar a atravessar este importante período da vida.
Um abraço,
Joseane Esteves
Psicóloga
CRP 06/177989
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